terça-feira, 26 de outubro de 2010

Peixes osseos

São os peixes que possuem um esqueleto formado por ossos. Possuem uma pele com muitas glândulas produtoras de muco, com escamas de origem mesodérmica, nadadeiras, boca na posição terminal e com dentes, bolsas olfativas dorsais, olhos grandes e sem pálpebras, muitas vértebras, coração com duas câmaras, respiração branquial ou pulmonar, excreção feita por rins mesonéfricos que excretam amônia, ectotérmicos e dióicos com fecundação externa.

Tegumento

Os peixes ósseos possuem uma epiderme lisa, coberta por escamas. Existem glândulas produtoras de muco, que lubrifica o corpo do peixe, que serve de proteção e facilita a locomoção na água. Possui uma linha lateral ao longo de cada lado do corpo e tem função sensorial. O sistema muscular é formado por miômeros (músculos segmentados), em forma de W.

Digestão

Possuem mandíbulas e maxilares com muitos dentes, pequenos e cônicos. Não há glândulas salivares. O alimento que é mastigado vai para a faringe, esôfago, estômago e intestino. O que não foi absorvido é eliminado pelo ânus.

Circulação

A circulação é fechada. O coração possui 2 câmaras. O sangue é pálido e escasso, possuindo hemácias ovais anucleadas.

Respiração

Existem espécies que respiram por brânquias e espécies que respiram por pulmões. As brânquias são protegidas por uma estrutura chamada opérculo. Durante a respiração o opérculo se fecha, fazendo com que entre água na boca. A água passa da boca para as brânquias e nelas ocorrem as trocas gasosas. O fluxo é sempre unidirecional. A direção do fluxo sanguíneo nas brânquias é oposto ao fluxo da água, criando um mecanismo contracorrente para aumentar a oxigenação do sangue.

Os peixes possuem uma bexiga natatória, localizada na região dorsal, ligada à faringe por um ducto pneumático em alguns peixes ela é cheia de gases (O2, N2, CO2) e serve para regular o peso do peixe, auxiliando na flutuação, através da absorção e sercreção destes gases. É semelhante a um pulmão nos peixes pulmonados.

Excreção

Os rins são do tipo mesonéfricos e principal excreta nitrogenada é a amônia.

Reprodução

São animais dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto.

Sistemática

São divididos em:

Sarcopterygii: peixes com nadadeiras carnosas, lobadas.
Actinopterygii: peixes com nadadeiras raiadas.

Peiixes cartilaginoso

O esqueleto dos peixes cartilaginosos é composto de cartilagem. Possuem mandíbulas móveis, são predadores e todos são marinhos. A pele destes peixes é rija, coberta por escamas placóides e glândulas mucosas, possuem várias nadadeiras. A boca é na região ventral, com muitos dentes. A narina termina em fundo cego, tendo apenas função olfativa. O coração é formado por duas câmaras: 1 átrio e 1 ventrículo. Respiram por brânquias, possuem ouvido, os rins são do tipo mesonéfrico, são ectotérmicos, a principal excreta nitrogenada é uréia. São dióicos, com fecundação interna, podendo ser ovíparos ou ovovivíparos.

Normalmente, os condríctes apresentam de 5 a 7 pares de fendas branquiais, dependendo do gênero e da espécie. As quimeras, ao invés de fendas branquiais, possuem opérculo (só tem um par de fendas branquiais). Possui uma cauda fina e longa (cauda heterocerca) e a nadadeira peitoral é muito desenvolvida. Esta nadadeira promove a natação através do movimento na forma de “remo”. As quimeras são encontradas a partir de 80 metros de profundidade.

Existem cerca de 900 espécies descritas de peixes cartilaginosos.
A presença da mandíbula permitiu que a alimentação destes animais fosse mais variada. Também houve alterações no comportamento sexual. Nos condríctes mais primitivos só existiam nadadeiras ímpares (caudal, anal e dorsal). Os mais evoluídos apresentam, além das ímpares, nadadeiras pares (peitoral e pélvica).

Nos tubarões, as fendas branquiais estão localizadas lateralmente. Nas raias, as brânquias se localizam na porção ventral do corpo.

Tegumento

A epiderme é pluriestratificada (cerca de 4 a 6 camadas de células sobrepostas). A epiderme é mais delgada que a derme.

Apresentam escamas placóides, que é uma escama com estrutura parecida com a de um dente, pois é composta de esmalte, dentina, vasos e nervos. Tem origem na derme e são diminutas. As raias e cações apresentam escamas placóides. Elas servem para reduzir a turbulência causada pelo atrito com a água, e por conseqüência, a velocidade do nado aumenta.

O ferrão das raias são escamas placóides modificadas. As raias de água doce não possuem ferrão. Há raias com 2 ferrões. Na ponta do ferra há produção de veneno
Na parte superior da derme, próxima à epiderme, estão os melanócitos, células produtoras de melanina. a presença de melanina confere a capacidade destes animais de se camuflarem.

Musculatura

A parte mais desenvolvida da musculatura encontra-se no tronco e na cauda. Os miômeros estão em forma de duplo “V”, intercalados por tecido conjuntivo, formando o miossepto. Longitudinalmente, existe um septo lateral que divide a musculatura na parte dorsal e ventral: musculatura epiaxial e hipoaxial, respectivamente.

Esqueleto

O esqueleto é formado por tecido cartilaginoso, podendo ocorrer deposição de carbonato de cálcio, mas isso não significa ossificação. Possuem esqueleto axial (crânio e coluna vertebral) e apendicular (nadadeiras).

Não existem suturas no crânio, ou seja, ele é inteiriço. A caixa craniana é uma peça cartilaginosa única.

A notocorda não foi totalmente substituída pela coluna vertebral, estando presentes resquícios entre uma vértebrae outra.

Digestão

A boca dos condríctes ocupa posição ventral, possui maxilar e mandíbula e dentes triangulares e afiados, formando até 7 fileiras de dentes. Condríctes bentônicos que se alimentam de animais com carapaça dura possuem dentes arredondados e achatados. A língua é pouco desenvolvida, possuindo poucos músculos e é fixa no assoalho da boca. A maior parte das papilas gustativas está na região anterior do esôfago, que é todo pregueado longitudinalmente para aumentar seu diâmetro quando o alimento passa. O estômago possui uma mucosa pregueada e com glândulas produtoras de enzimas digestivas. O intestino delgado é curto, porem possui pregas e dobras para aumentar a superfície de absorção. O intestino grosso também é curto, terminando na cloaca.

Os condríctes marinhos possuem uma expansão digitiforme na porção terminal do intestino grosso, chamada glândula de sal, que serve para excretar o excesso de sal presente no organismo. As brânquias também eliminam sal para manter o equilíbrio osmótico do corpo.

O fígado destes animais é muito grande, com 2 lobos, contendo muito óleo, para auxiliar na flutuação, podendo ser responsável por até 20% do peso do animal.

Circulação

Possuem um coração abaixo da região branquial, no pericárdio. A circulação é fechada, o coração possui 1 átrio e 1 ventrículo, sendo todo o sangue venoso.

Respiração

A respiração é branquial. A água entra pela boca e passa pelas brânquias, que são formadas por vários filamentos delgados e paralelos, que contém vários capilares, onde ocorrem as trocas gasosas.

Excreção

Possuem rins mesonéfricos, que se situam acima do celoma em cada lado da aorta dorsal. A principal excreta nitrogenada é a uréia. Condríctes marinhos precisam manter o equilíbrio osmótico, retendo cloreto de sódio e uréia o sangue, de forma que os líquidos do corpo sejam ligeiramente hipertônicos em relação á água do mar.

Sistema Nervoso e Sensorial

Possuem um cérebro mais evoluído que as lampreias e a medula é protegida pelas vértebras. As narinas percebem materiais dissolvidos na água que passa por elas. Os olhos não possuem pálpebras e estão adaptados à pouca luz. O ouvido é usado para o equilíbrio. A linha lateral, um fino sulco ao longo de cada lado do tronco e da cauda, contém um delgado canal com muitas aberturas pequenas para a superfície [Storer et. Al. 1991]. Apresentam células sensitivas ciliadas. Percebem vibrações na água.

Reprodução

São animais dióicos. O órgão copulador é chamado clásper, e se encontra na face interna da nadadeira pélvica. É um órgão rígido que é introduzido na cloaca da fêmea. Após ter sido fecundado, o óvulo passa para o oviduto e é envolvido por albúmen. No final do oviduto o ovo é recoberto pela casca.

Todos os condríctes possuem fecundação interna. Existem espécies ovíparas, ovovivíparas e vivíparas.


Cláspers

Fontes
http://educar.sc.usp.br/
http://ipimar-iniap.ipimar.pt/
http://users.uniud.it/fazzini/anItt/TESSUTI/i_tessuti.htm
http://www.flmnh.ufl.edu/fish/